De volta a coluna *Ilustres Desconhecidos*
Texto-Base:
Ficha pessoal
Nome: Desconhecido
Filiação: Desconhecida
Nacionalidade: Israelita (?)
Geração : Moisés (peregrinação no deserto)
Versículos que contam sua história: 5 (texto-base)
Exemplo: Negativo
Contexto: É uma sucessão de momentos espetaculares para o povo. Em
menos de dois anos, aquelas pessoas viram a libertação do Egito através das
miraculosas pragas, a fantástica travessia do Mar Vermelho, a provisão de Deus
através das nuvens de fogo à noite e de “sombra” ao dia, a comida que caía do
céu, a glória do Senhor que exalava do Monte Sinai na divulgação dos 10
mandamentos, entre outras coisas. Mas é difícil ter fé. Principalmente o tempo
todo. Sempre foi. Os espias trazem um relatório assustador, o povo sem fé
chora, e o castigo de Deus aumenta o sofrimento. Aparentemente sem rumo ou
esperança, vemos o ato desse homem, o lenhador precipitado.
Moral básica:
“Lembra-te do dia de Sábado para o santificar” (Ex 20:8) tinham sido as palavras em voz de trovão citadas por Deus não muito tempo
antes que esse homem tomasse a sua decisão de trabalhar recolhendo lenha num
“sábado qualquer”. Muitas vezes inventamos desculpas que possam parecer
plausíveis para pecar. Talvez esse homem sentisse que não tinha muito a perder,
uma vez que todo o povo de Israel já estava sentenciado à morte no deserto. Mas
além da lição da desobediência, podemos retirar aprendizados diversos dessa
curta história, como a reação ao pecado da parte dos filhos de Deus e o
julgamento da parte Divina.
Sem
dúvida, o pecado é algo de difícil lido. Se sabemos o resultado dele (a morte)
e provamos da conseqüência dele (o afastamento de Deus) já aqui na Terra, não
soaria coerente não pecar mais? Claro! Há um esforço nosso nesse sentido? De
muitos sim. E mesmo assim... Por que um homem que presenciou o poder e o amor
de Deus de forma tão grandiosa caiu em pecado de forma tão banal? Por que eu e
você caímos? Tantas vezes?
O
Sábado é um dia para ser dedicado a Deus, onde se evita qualquer tipo de
trabalho desnecessário. Se você acompanha o nosso blog, com certeza já leu
textos muito bem aprofundados sobre esse dogma, e não vou adiante nele. Quero
abordar em poucas palavras o efeito nocivo da desesperança. Após uma peregrinação desgastante no deserto, já bem
próximo da redenção da Canaã, o povo é massacrado com a notícia de que não
entraria lá (por própria culpa, ressalte-se). Que devastador! Como você reagiria?
Nas vésperas do casamento, uma traição! Nas vésperas de um diploma, o fim do
curso! Nas vésperas da aposentadoria, uma demissão!
Onde
está a sua esperança? A esperança é Jesus. No mundo passareis por aflições,
nossa esperança está no pós-mundo! O lenhador da história nos ensina sobre
reagir a decepção, inclusive a decepção com Deus. Mas não temos o direito de
nos decepcionar com Deus! Ele já nos avisou sobre as dores que passaremos aqui
na terra, um local de pecado em virtude da escolha do homem, e fez muito mais
do que merecíamos ao providenciar a solução perfeita para esse mal: a salvação em Jesus. Temos que
acostumar com o fato de que qualquer coisa boa é lucro, e imerecido. Porque o
grande risco de esperar demais de Deus é gerar uma decepção que nos tente a
pecar. E a nos afastar dele.
“Por
que eu deveria obedecer a um Deus que nada bom tem para me dar?” e lá se foi o
lenhador, “tirar uma vantagem” recolhendo a lenha primeiro que todo mundo, uma
vez que os demais estavam guardando o mandamento. O que ele talvez não soubesse
(ou pior: sabia e não estava se importando!) é que a madeira recolhida ascendeu
a fogueira na qual ele foi queimado: o pecado. Tudo tão desnecessário, pois
Deus provia! Mesmo enfurecido pela traição do povo, nem em um só dia ele
deixava de prover: comida caía do céu diariamente! Pronta pra digestão, não
precisava de lenha para isso. Para se aquecer também não, pois o fogo estava em
forma de nuvem todas as noites. De repente ele só queria se rebelar mesmo.
Uma
coisa muito interessante no texto é a reação do povo ao flagrante. O povo nada
fez até Deus decidir o que deveria ser feito. É assim que a gente age hoje em
dia? Permite que Deus julgue o pecador? Ou toma as rédeas da situação? Não
julgueis para que não sejais julgados.
É
contra-senso o “Deus amor” dar pena de morte à alguém? Para mim é tão
complicado entender isso que seria hipócrita tentar explicar. Já ouviu alguém
citar Martin Luther King? “O que me assusta não é o barulho dos maus, e sim o
silêncio dos bons”. Se Deus, aquele com o qual contamos como representante
máximo do Bem, não atuar para combater o mal, o mal prevalecerá, e o mundo
perde a esperança na recompensa justa que cada um tem direito. Justiça invoca o
duro ato da punição.
Enfim, ponderem...
Não sou eu que defino o certo ou o
errado, mas gosto de fazer vocês pensarem sobre isso.
Foi um prazer escrever... aceito
críticas e elogios nos comentário. Principalmente elogios.
QUE DEUS ABENÇOE A CADA UM DE VOCÊS
QUE CHEGARAM ATÉ AQUI.
PS: 8 meses sem postar, né! Estava
me fazendo de difícil para renovar meu contrato para 2013 com Miss *L*...
Mas se depender de mim, com o aval,
inspiração e incentivo do Espírito Santo, estarei aqui com uma certa
regularidade...
Ósculo Santo!